CDV avança na construção de sua nova planta de vacinas veterinárias
A planta de vacinas veterinárias, já em construção, cumprirá os mais altos padrões internacionais de qualidade e sustentabilidade. Por quê?
FONTE: Motivar
Diante do iminente aumento da demanda global por alimentos, é fundamental que os setores agroindustrial e pecuário visualizem os cenários que se desenham para um futuro próximo. Existe uma necessidade crescente de uso sustentável dos recursos naturais, e algumas empresas pioneiras já estão construindo as bases para isso. Um exemplo é o Laboratório CDV, que está avançando na construção de uma planta exclusiva de vacinas veterinárias que seguirá os mais altos padrões internacionais de qualidade e sustentabilidade.
A inovação em práticas agrícolas e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis são fundamentais para garantir que essa expansão na produção de alimentos ocorra com práticas que protejam nossos recursos naturais finitos para as futuras gerações.
O papel fundamental da tecnologia e das vacinas: o investimento milionário da CDV em uma nova planta verde e a reconversão de suas duas atuais unidades de produção.
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), 70% do aumento necessário na produção de alimentos virá da adoção de tecnologias. Grandes empresas deverão responder a essa necessidade de equilíbrio entre cuidado ambiental, desenvolvimento tecnológico e produção, sem abrir mão da qualidade de seus produtos.
O desafio é equilibrar as crescentes necessidades por alimentos de origem animal com a sustentabilidade ambiental em mercados cada vez mais exigentes. Nesse contexto, é essencial que a pecuária adote abordagens mais eficientes, como seleção genética, melhoramento animal e, principalmente, uma saúde preventiva inteligente por meio da vacinação. Exemplos dessa eficiência sustentável incluem um bezerro por vaca ao ano, ciclos de engorda mais curtos e produtivos, e mais leite por vaca em lactação.
A pecuária enfrenta a dualidade de atender à crescente demanda por proteína animal e, ao mesmo tempo, reduzir seu impacto ambiental. A administração eficaz de vacinas — que reduz a propagação de doenças e aumenta a eficiência da produção — é uma ferramenta essencial nesse cenário. É indispensável que o setor adote essas soluções com práticas colaborativas, sustentáveis e responsáveis, atendendo às necessidades alimentares globais sem comprometer a saúde do planeta.
Em conversa com Juan Roô, gerente geral do Laboratório CDV, ele declarou:
“Estamos avançando na construção da Planta 3, projetada desde o início segundo os padrões internacionais de World Class Manufacturing para produção de vacinas. A planta foi concebida com foco na ‘indústria verde’, maximizando a eficiência em todos os seus aspectos.”
E completou:
“Também iniciamos a reconversão das outras duas plantas, também localizadas no Parque Industrial de Pilar, em Buenos Aires, para que sejam certificadas para geração de energia limpa. Nosso objetivo é aumentar a produção em prol da saúde animal, preservando o meio ambiente.”
Nosso objetivo é aumentar a produção em prol da saúde animal, preservando o meio ambiente
Nesse sentido, a empresa incorporou design, tecnologia e inovação em três pilares principais: construção, equipamentos e gestão eficiente dos recursos naturais. Segundo Gabriel Heffes, gerente de Engenharia e Manutenção responsável pelo projeto:
“A planta foi orientada para maximizar a luz natural e reduzir a iluminação artificial. O projeto inclui fachada de vidro com proteção solar para economia de energia, estações de recarga para veículos elétricos e uso de energia limpa com painéis fotovoltaicos, entre outras ações inspiradas na eficiência energética.”
Ele também destacou:
“Outro diferencial será a incorporação de equipamentos industriais de alta tecnologia com baixo consumo energético. A otimização do uso da água também estará presente, com reservatórios de captação de chuva para descarga controlada e irrigação.”
Essa iniciativa visa atender de forma sustentável às demandas dos mercados interno e externo, com uma estrutura moderna, padrão internacional de produção e redução do impacto ambiental e da pegada de carbono.
Laboratórios de Vacinas na Vanguarda da Abordagem ‘One Health’
O conceito “One Health” reconhece a interconexão entre saúde humana, animal e ambiental. No centro da produção pecuária, os laboratórios de vacinas desempenham papel essencial na produtividade e sustentabilidade do setor. Vacinas contra doenças como febre aftosa e diarreia viral bovina reduzem a carga de doenças e aumentam a eficiência alimentar. Elas evitam perdas, reduzem a necessidade de tratamentos intensivos e minimizam o uso de antibióticos, ajudando a combater a resistência antimicrobiana — um problema de saúde global crescente.
A capacidade produtiva total projetada será de 280 milhões de doses
Sobre os altos padrões de qualidade da nova Planta 3, Carolina Lecce, gerente de Garantia da Qualidade e Biossegurança, afirmou:
“Nossa nova planta, com área total construída superior a 12.500 m², será projetada seguindo os padrões internacionais mais exigentes. Quanto às Boas Práticas de Fabricação (GMP), seguiremos as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e também as do esquema PIC/S.”
Vale destacar que a OMS reúne autoridades reguladoras de mais de 50 países e estabelece critérios de qualidade aplicáveis também à área veterinária.
Sobre biossegurança, Lecce completou:
“Seguiremos os parâmetros da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA, ex-OIE) e do CDC dos Estados Unidos, além das recomendações da Academia Nacional de Ciências americana sobre bem-estar animal. Também cumpriremos todas as exigências do SENASA referentes à produção e controle de vacinas. Buscamos garantir a qualidade dos nossos produtos e atender às exigências internacionais, abrindo mercados ao redor do mundo.”
O investimento de US$ 60 milhões permitirá ao CDV oferecer produtos de classe mundial com custos competitivos e posicionamento estratégico em mercados internacionais.
A capacidade total de produção projetada é de 280 milhões de doses, sendo 190 milhões para bovinos (mercado interno e exportações) e o restante para salmões, suínos e animais de companhia. A planta estará operacional no final de 2024.
FONTE: Motivar